Kartcross: Rui Nunes esteve a um passo do título, numa época de grande nível que o tornou vice-campeão!
Dois pontos separaram o piloto da conquista mais almejada. Ciente da grande época que fez, Rui Nunes assume alguma amargura por não ter podido lutar até ao fim pelo título, devido à anulação da última prova.
Depois da excelente época realizada em 2019, onde reclamou o 2º lugar no campeonato, Rui Nunes partia para a jornada inaugural do Campeonato de Portugal de Kartcross com aspirações a lutar pela vitória, assumindo que a conquista do título seria o objetivo máximo. Mas a prova de Sever do Vouga foi madrasta e o piloto enfrentou vários problemas mecânicos e outros tantos incidentes de corrida que o impediriam de assinar um bom resultado, almejando, no entanto, recolher alguns pontos.
Passado o longo interregno causado pelo combate ao surto pandémico, piloto e equipa apresentaram-se em Lousada, cenário do regresso à competição, com novidades de relevo: um novo Semog era a “arma” escolhida para retomar o caminho dos êxitos. Piloto e nova “montada” cedo demonstraram um forte entendimento. 3º nos treinos, assinou grandes exibições nas mangas e assegurou um lugar na fila da frente para a corrida de todas as decisões. Na Final, esteve sempre na luta e foi recompensado com um excelente 2º posto, que o recolocava na refrega pelo campeonato.
A competição rumou depois até Castelo Branco. À chegada à pista instalada na Beira Baixa, Rui Nunes tinha os olhos postos na repetição do pódio conquistado em Lousada. 5º nos treinos, o piloto de Montemor-o-Novo esteve sempre na batalha pela primazia em todas as mangas de qualificação, almejando sair da segunda fila da grelha de partida para a Final.
E foi com uma exibição notável e com um sentido de oportunidade perfeito que Rui Nunes chegou à primeira vitória da época. Saindo que nem um foguete, subiu a segundo logo na primeira curva e utilizou uma magnífica estratégia quanto ao momento em que escolheu fazer a “joker lap” para saltar para o comando, que já não largou mais até à bandeirada de xadrez. Com este triunfo na corrida da Escuderia, o piloto alentejano entrava cada vez mais na luta pelo título.
A quarta tirada da época foi disputada em Mação, onde a motivação do piloto e da equipa chegava no nível máximo, mercê do triunfo albicastrense. Mas cedo começaram a surgir algumas dificuldades. Nos treinos, o piloto sentiu dificuldades para afinar o Semog e nunca rodou como desejava. Já nas mangas de qualificação, voltou ao seu melhor nível e logrou garantir o 3º lugar na grelha de partida para a Final.
No momento da verdade, Rui Nunes não tremeu e voltou a estar a um nível excecional, subindo logo ao 2º posto, onde terminaria, mas não sem antes dar muita luta ao vencedor. O resultado cimentava ainda mais as aspirações do alentejano.
Rui Nunes seguiu então para Montalegre, com a pista mundialista a ser o traçado da 5ª prova da temporada. E ao longo do fim-de-semana, o piloto alentejano esteve sempre ao seu mais alto nível, rodando sempre entre os melhores e estando no “olho do furacão” da luta pela primazia. 4º classificado nos treinos cronometrados, Rui Nunes almejou ser forte nas mangas de qualificação, garantindo, uma vez mais, um lugar na primeira fila da grelha de partida para a final.
Na confusão normal da primeira viragem, dentro de um pelotão farto e feroz, Rui Nunes caiu algumas posições, mas encetou uma enorme recuperação que o colocou na luta pelo pódio, que esteve ao seu alcance, não fosse alguma confusão na penúltima volta, que o forçou a corrigir trajetória e a perder velocidade, caindo para um 4º lugar final. Não sendo o resultado ideal, permitiu ao piloto cimentar o 2º lugar na geral do campeonato, mantendo bem firmes as suas aspirações ao título, a uma porva do fim, caso o calendário se cumprisse.
Mas veio então o momento da desilusão, com o anúncio por parte da FPAK da última prova prevista, que se realizaria em Sever do Vouga, dando a entidade federativa o campeonato por concluído, forçando assim Rui Nunes a ter de se contentar com o 2º lugar final, repetindo o resultado de 2019.
Mesmo sendo uma posição excelente, este vice-campeonato não tem para o piloto alentejano “o mesmo sabor que o da época de 2019. Sentia-me capaz de lutar em Sever pelo título e ver essa possibilidade esfumar-se desta forma, abala-nos bastante, pois ficará sempre um sabor amargo pela ausência de competição até ao fim, isto sem qualquer crítica para com o campeão, a quem dou os parabéns!”.
Quanto à sua prestação ao longo da época de 2020, Rui Nunes faz um rescaldo “muito positivo. Fomos sempre muito competitivos e, mesmo tendo alcançado a vitória apenas em Mação, somamos mais dois pódios e estamos perfeitamente cientes de que poderíamos ter ganho mais vezes. A equipa fez um magnífico trabalho ao longo de todo o campeonato. Demos o máximo!”, realçando ainda que “a aposta no novo Semog compensou. Tivemos as dificuldades naturais de adaptação e, por vezes, não foi fácil chegar às melhores afinações, mas conseguimos ser competitivos e voltar a provar que conseguimos sempre estar na luta pelos títulos!”.
Rui Nunes deixa uma palavra final “para os patrocinadores e para as nossas famílias, que nunca nos regatearam um apoio indispensável”, prometendo que “tudo faremos em 2021 para os recompensar com vitórias, num ano em que queremos estar, uma vez mais, na discussão do título nacional”.
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