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Um furo afastou da vitória Mikko Heikkila na estreia pela The Racing Factory

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Depois de ter liderado grande parte do Rally Serras de Fafe, Felgueiras, Boticas, Vieira do Minho e Cabeceiras de Basto, o campeão finlandês viu a sorte fugir já na Power Stage de fecho, depois de ter sofrido um furo.

A prova inaugural do ERC – European Rally Championship e do Campeonato de Portugal de Ralis foi madrasta para as fortes ambições das duas duplas que defenderam as cores da The Racing Factory na prova organizada pelo Demoporto.

Mikko Heikkila e Samu Vaaleri, atuais campeões finlandeses de ralis, estiveram a um passo de se estrearem a vencer na prova portuguesa, dando também a primeira vitória à geral num rali do ERC à The Racing Factory.

Nada receosos por estarem a competir num terreno que desconheciam por completo e contra adversários do mais alto nível e com muito mais experiência internacional, demonstraram desde o quilómetro inicial que teriam uma palavra a dizer na luta pelos lugares de topo da geral.

Sempre muito rápidos e eficazes com o Skoda Fabia Rally2 Evo da The Racing Factory, chegaram pela primeira vez à liderança após a 3ª classificativa, caindo momentaneamente para o segundo posto, mas recuperando o topo da tabela antes do fecho do dia, preparando-se para enfrentar a etapa decisiva de domingo com 4,2 segundos de vantagem sobre os adversários mais próximos.

Nesse duelo derradeiro, o seu andamento voltou a provar que, em circunstâncias normais, seria difícil serem desalojados da liderança e, consequentemente, da vitória final. Mas, em dois momentos, nas duas passagens pela icónica especial da Lameirinha, os deuses da fortuna decidiram de forma diferente.

Na passagem inicial, que correspondia à reta final da ronda da manhã, um toque numa pedra fez estragos na direção do carro tcheco e só a mestria de Heikkila lhe permitiu segurar a liderança, mas tendo agora duas equipas adversárias dentro de um ténue intervalo de 4,6 segundos, faltando ainda 4 classificativas.

Mas, o piloto da The Racing Factory demonstrou nervos de aço, segurando a vantagem até à entrada da Power Stage final. Aí, tudo estava a correr conforme planeado até que um furo forçou Mikko Heikkila a parar para mudar o pneu, perdendo o rali e caindo para um injusto e frustrante 8º lugar no fecho da prova.

Já Armindo Araújo e Luís Ramalho foram vítimas de um forte acidente na 7º especial do rali, quando atacavam a liderança da competição reservada ao Campeonato de Portugal de Ralis, dando seguimento a uma exibição que, até aquele momento, estava a ser de muito bom nível.

A dupla campeã nacional teve de ser evacuada para uma unidade hospitalar, tendo alta já este domingo. No entanto, os exames efetuados revelaram três costelas partidas, uma fratura ao nível da coluna e outra na mão esquerda de Armindo Araújo, que terá de ser submetido a duas intervenções cirúrgicas dentro de dias, enquanto Luís Ramalho também fraturou 3 costelas, tendo ainda uma fratura no pé direito.

Ambos têm pela frente um delicado período de recuperação, não sendo ainda certo quando voltarão à competição.

No final da prova, Aloísio Monteiro, CEO da The Racing Factory, não escondia “a profunda desilusão que todos sentimos na equipa em relação ao desfecho deste rali. Primeiro, o acidente do Armindo e do Luís, que lhes retirou uma mais do que provável vitória nas contas do CPR e, muito mais grave, lhes provocou ferimentos. Foi um momento terrível para todos nós. Felizmente, foram rapidamente assistidos e agora têm pela frente o necessário período de recuperação, estando certo de que voltarão ainda mais fortes e com ainda mais vontade de vencer. Cá estaremos na equipa para os apoiar em tudo!”.

Depois, a perda do vitória à geral. Para o “patrão” da TRF foi mais um momento “que nos bateu forte. Mas são ralis e todos sabemos que, até ao último metro da prova, tudo pode acontecer. Estamos tristes pelo Mikko e pelo Samu que mereciam vencer, pois fizeram um rali extraordinário e, no meu caso particular, sinto de forma particular a desilusão de todos os membros da nossa equipa, que fizeram um trabalho magnifico com os dois carros e mereciam sair de Fafe a comemorar dois triunfos”.

No entanto, Aloísio Monteiro não deixa de enfatizar que “apesar de tudo, não podemos deixar de destacar que o Mikko, o Armindo e a equipa provaram que a TRF tem tudo para vencer e tudo faremos para continuar na senda das vitórias esta temporada!”.

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